Por Márcio Fujimura, diretor-executivo da Íons Benefícios
O conhecimento do mercado e a capacidade de se antecipar a reajustes de custos podem fazer diferença significativa nos valores pagos pelos planos de saúde empresariais. Estimativas da Íons Benefícios, consultoria especializada em políticas e gestão de benefícios corporativos, mostram que, se forem tomados os devidos cuidados, a economia pode chegar ao valor de duas mensalidades dos planos de saúde. No caso de uma empresa da área de tecnologia com 100 funcionários, por exemplo, o montante pode chegar a R$ 100 mil por ano.
Esse desafio está presente principalmente em empresas consideradas pequenas ou médias pelas operadoras e seguradoras. Atualmente, os reajustes dos planos ainda pegam muitas delas de surpresa, pois, mal orientadas por seus fornecedores e pouco dedicadas ao tema, consideram que pouco pode ser feito para evitar ou ao menos reduzir o impacto do aumento de custos em suas contas.
Resumo das regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS):
- Até 30 colaboradores: reajuste deve ser praticado de acordo com a variação dos custos, ou seja, o nível de sinistralidade do grupo de empresas do qual faz parte.
- Empresas entre 31 e 100 colaboradores: vale o que está estabelecido no contrato, com espaço para negociação.
- Mais de 100 colaboradores: de uma forma geral, nessas empresas os reajustes acontecem quase que totalmente em função do custo da empresa. Ou seja, o risco é grande, caso algo grave aconteça. Por isso, precisam concentrar esforços na prevenção de sinistros.
Prazos e carências
- Seguradoras e corretoras têm de comunicar a seus clientes a previsão de reajuste, diretamente ou por meio do corretor, com até 30 dias de antecedência do vencimento do contrato. (Mas, muitas vezes, o cliente é avisado apenas quando recebe o boleto com o valor reajustado.)
- Caso a empresa queira mudar de seguradora, precisa cumprir 60 dias de carência. Ou seja, se esperar pela informação do reajuste e tiver conhecimento dela apenas uma semana antes do vencimento do boleto de pagamento já com o novo valor, terá de arcar com o reajuste por pelo menos 60 dias.
- Para novos clientes, corretoras e seguradoras têm atualizado a tabela de preços duas ou três vezes por ano (evitando assim aumentos muito significativos nos valores). Portanto, o ideal para mudar de fornecedor é conhecer a tabela de reajuste de cada empresa (de modo a evitar pegar o preço ajustado).
Cuidados para reduzir os custos
- Investigar o desempenho da sinistralidade do grupo ao qual a empresa pertence na seguradora que lhe atende.
- Investigar as diferenças em relação ao mesmo perfil de grupo nas seguradoras concorrentes, para identificar quais estão sendo mais eficientes na gestão dos seus custos.
- Se houver concorrentes dispostos a aceitar o risco da carteira da empresa a um custo inferior, pode haver espaço para uma negociação com o atual fornecedor.
- Outra opção é aproveitar a avaliação para trocar o fornecedor, contratando o concorrente com custos mais baixos. Mas, nesse caso, é fundamental ficar atento também às datas de mudanças nas tabelas das corretoras e seguradoras.
- Prevenção: no caso das empresas com mais de 100 funcionários, é muito importante que a área de recursos humanos comunique e transmita recomendações quanto ao uso responsável do plano de saúde, sempre indicando a prevenção como o melhor remédio. As ações preventivas devem incluir estímulos ao uso correto do plano (ex.: uso excessivo de pronto-socorro, mais caro, em detrimento de consultas preventivas) e em favor da qualidade de vida (como estímulo à prática de esportes). Embora o impacto nos gastos com os planos de saúde seja menor, também ajudam no caso das empresas de menor porte.
- Coparticipação: ainda pouco comum entre pequenas e médias empresas, essa sistemática prevê que o usuário cubra uma pequena parte do custo dos serviços médicos utilizados. O conceito faz com que as pessoas usem o plano de forma mais consciente. Mas é importante que a parcela que cabe ao funcionário não seja muito elevada para não desestimular a prevenção.
Márcio Fujimura – O fundador e diretor-executivo da Íons Benefícios,tem mais de 15 anos de experiência com Seguros e Benefícios, tendo trabalhado em empresas como Banco Sudameris, Banco Santander e VR. Formado em Estatística pela Universidade de São Paulo, tem MBA Executivo pela Fundação Dom Cabral e especialização em Inovação e Liderança pelo INSEAD (França). Mais informações: www.linkedin.com/in/marcio-fujimura-7b172b7.
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