Em um cenário de grande competitividade de mercado e redução nas ofertas de emprego em quase todos os níveis profissionais, empresas de todos os portes assistem a uma rotatividade de seus colaboradores infelizmente acima do normal.
Já é de conhecimento geral que focar a retenção de talentos apenas em ganhos financeiros não é mais suficiente, e muito se fala na oferta de um programa de benefícios mais atraente, que não somente ampare os profissionais em suas necessidades, mas os atenda com especial atenção às suas particularidades.
Uma saída bastante contemporânea e eficiente, porém pouco conhecida, é a implantação de um programa centralizado de Benefícios Flexíveis. Convidamos o empresário e especialista em Benefícios e Seguros, Márcio Fujimura, diretor-executivo da Íons Benefícios, para esclarecer um pouco esse conceito.
O que são Benefícios Flexíveis?
O conceito macro de Benefício Flexível é dar liberdade de escolha, entregando um conjunto de benefícios mais adequado às necessidades de cada indivíduo. Por exemplo, uma funcionária de 26 anos, solteira e que mora com os pais tem necessidades diferentes de uma colega com a mesma idade e cargo, mas que tem um filho pequeno e é separada. Muito provavelmente, cada uma delas escolheria opções bem diferentes de benefícios se pudesse ter essa liberdade. A funcionária que é mãe, por exemplo, certamente daria muito mais valor ao plano de saúde e a questões como flexibilidade de horário. A escolha custaria exatamente a mesma coisa para a empresa, mas certamente deixaria as funcionárias mais satisfeitas e motivadas.
Benefício Flexíveis são voltados apenas para grandes empresas?
Esse é um dos grandes mitos a respeito de Benefícios Flexíveis. Em um cenário social em que as liberdades individuais são muito valorizadas, empresas com 50 ou 100 funcionários poderiam perfeitamente adotar esse tipo de política e usá-la como diferencial, pois nem sempre possuem capacidade financeira de pagar salários acima da média de mercado para atrair e reter talentos. Aliás, essa política também pode ajudar nesse processo, pois já está mais do que provado que a retenção de talentos não se faz mais somente com salários, que oneram muito as empresas e, devido aos descontos obrigatórios por lei, seus funcionários.
O ideal seria a empresa, desde sua constituição, já definir qual política de Benefícios vai adotar, sempre atenta à percepção que o mercado e os profissionais têm desses benefícios. Um bom plano de saúde, por exemplo, é hoje o benefício mais valorizado por colaboradores, mas nem todo indivíduo vê nele o mesmo valor, como no exemplo das funcionárias de 26 anos. Também não é novidade o peso que a alimentação/refeição representa hoje nas despesas das famílias, ou o anseio dessas famílias pelo planejamento financeiro de seu futuro, que poderia ser atendido por um plano de previdência privada (que, embora importantíssimo, ainda é praticamente inexistente em políticas de Benefícios de pequenas e médias empresas). Portanto, a resposta é: qualquer empresa pode ter um programa de Benefícios Flexíveis. Ela só precisa conhecer os diferenciais dessa opção e seus custos. Aliás, dependendo da solução encontrada, essa opção nem custo tem.
Quais precauções uma empresa deve tomar para iniciar um programa de BF com seus colaboradores?
As empresas devem sempre considerar a legislação trabalhista, pois alguns produtos obedecem a regulamentações específicas (entre eles o Vale Transporte, o Vale Refeição/Alimentação e o Vale cultura). E, claro, conhecer e respeitar os acordos coletivos e eventuais negociações com sindicatos.
Qualquer benefício pode ser incluído num programa de BF?
Nem todos podem, mas existe legislação específica sobre o assunto - O § 2º do art. 458 da Consolidação das Leis do Trabalho. A lei diz que pode fazer parte da política: Educação, Transporte, Plano de Saúde/Odonto, Despesas para Alimentação, Seguro Vida, Vestuário e equipamentos para o trabalho e a Previdência Privada.
Vale ressaltar a Previdência que, como disse há pouco, ainda é pouquíssimo utilizada. Mas é um benefício cada vez mais valorizado, ainda mais em um cenário de incertezas com relação à aposentadoria pública. A grande maioria das empresas desconhece que pode oferecer esse benefício a partir, por exemplo, de R$ 50/mês/funcionário (o valor pode, é claro, variar conforme os cargos determinados pela política de benefícios da empresa), com regras simples, mas que ajudem a fidelizar talentos e valorizar a capacidade das pessoas de se planejarem financeiramente.
Por onde o RH de uma empresa deve começar para iniciar um programa de BF?
O primeiro grande passo é buscar informação e adquirir conhecimento (se você leu até aqui, já começou esse processo!). A empresa deve também cuidar para que a implantação da política não se transforme em algo muito complexo para se fazer a gestão. Se o planejamento demandar um sistema muito complicado, com processos que atrapalhem a rotina do RH, algo não está bom. E é claro que, como especialistas neste mercado, colocamos a Íons Benefícios à disposição, para agendarmos uma visita sem compromisso. Oferecemos uma consultoria gratuita sobre o tema para os clientes para os quais fazemos a gestão dos benefícios. A missão da Íons é levar, principalmente para as médias empresas, uma Consultoria de Benefícios totalmente personalizada, que proponha soluções sem custos adicionais. Nós queremos ajudar RHs, financeiros - sim, pois os custos individuais de colaboradores também interferem em seus resultados - e, em uma instância mais ampla, os donos das empresas, a terem custos mais competitivos e a crescerem com o trabalho de profissionais mais felizes e produtivos.
Márcio Fujimura – O fundador e diretor-executivo da Íons Benefícios,tem mais de 15 anos de experiência com Seguros e Benefícios, tendo trabalhado em empresas como Banco Sudameris, Banco Santander e VR. Formado em Estatística pela Universidade de São Paulo, tem MBA Executivo pela Fundação Dom Cabral e especialização em Inovação e Liderança pelo INSEAD (França). Mais informações: www.linkedin.com/in/marcio-fujimura-7b172b7.
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